Amor Fatal

Amor Fatal

Teu jeito me parece poesia

Teus olhos pura inspiração

Que toca minha alma fria

E brota versos loucos de paixão

A noite estrelada tem teus olhos

Nos olhos brilho forte tentação

Em mim o desejo ardente de tê-la

E vê-la, é morte, é sina, é sedução.

Pensar, sonhar, viver em ti é terno;

É crescer num amanhã distante

É construir um sonho talvez real

Não te ter é padecer no frio inverno

É queimar em chamas quente

Feito inferno

É morrer dessa morte

Amor fatal.

Paulo Campos e Zé Lopes

Published in: on 31/07/2009 at 4:36 pm  Comments (1)  

Amor sem fim

Amor sem fim

Diante da frieza dos teus olhos
Sinto o vazio que se fez em mim
Lembranças se confundem em minha mente
De certo, a saudade é o que restou de ti
E toda essa tristeza que me invade os dias
Pedaços desses sonhos que não construí
Alimentam as angústias
Ó vida vazia
Ó tempo
Que insiste a cobrar de mim
Talvez toda essa dor seja castigo
Talvez lembranças a me perseguir
Mas talvez de tudo ainda seja
O que me resta desse amor sem fim.

Paulo Campos

Published in: on 30/07/2009 at 7:06 pm  Comments (2)  

Dizer-te Adeus

Dizer-te Adeus

Dizer-te adeus
Sabendo que chora meu peito
E devora a dor de partir
Dizer-te adeus sabendo que fica
A dor mais sofrida
A saudade mais viva
Que eu possa sentir
Dizer-te adeus
É viver incerto
É morrer deserto
Nas rimas de um verso
Que nasça de ti.

Paulo Campos

Published in: on 30/07/2009 at 7:04 pm  Comments (1)  

Presença

Presença

Tua presença molha me o rosto
Com lágrimas amargas
Que toca minha boca
E as palavras que nascem
De pensamentos
Que como foice dilacera meu eu
Atropelam as lágrimas
Misturando dor
Com dor
E dessa união de dor
A mais cruel das uniões
Nasce o sentimento
Que me faz escravo
Do que pus em ti.

Paulo Campos

Published in: on 30/07/2009 at 7:02 pm  Deixe um comentário  

Eterna

Eterna

Te fiz eterna
Como a lua
Que nas noites te encanta
Te fiz refúgio
E nos teus olhos
Sempre calmo
Me perdi como um menino
Tentando descobrir
De onde vinha tanta paz
E vaguei, no silêncio da tua alma
E no fundo do teu ser
Me nutri de amor
Te fiz alimento
E nas vezes que me faltas
Sou sofrer
Então deixe que te tenha
Assim feito um alento
Para que eu possa te dar
Todo amor que tenho em mim
Então deixe que eu te tenha
Se não serei a dor viva
E mais forte
A solidão mais fria e funda
Se me negares esse amor.

Paulo Campos

Published in: on 30/07/2009 at 7:01 pm  Deixe um comentário  

Desgosto

Desgosto

Vou ferir a lâmina
Amordaçar o pano
Desbotar as flores
Esconder que amo

Vou cegar meus olhos
Pra não ver os teus
Vou matar as noites
Pra não ter mais sonhos

E fugir de costas
Escondendo o rosto
E no fim do caminho
Morrer de desgosto

Mastigar o amargo
Engoli-lo em prantos
Tudo tão calado
Sem dizer que te amo.

Paulo Campos

Published in: on 30/07/2009 at 6:58 pm  Deixe um comentário  

Cárcere

Cárcere

Bebo a solidão das noites
Em goles amargos
E no fundo do copo
A dor me mostra
Seu semblante frio
E me convida a habitar seu mundo
E eu fraco que me encontro
Escravo de um amor perdido
Consumido por horríveis sensações
Condeno o resto que me sobra
A esse cárcere sem fim.

Paulo Campos

Published in: on 30/07/2009 at 6:58 pm  Deixe um comentário  

Morto em ti

Morto em ti

Imagino,
Frio, pálido,
Morto em ti
A presença dos teus olhos
Postos em mim
Cortando,
Como tudo que o frio que fere corta
Matando
Como toda dor de amor mata
E tu que foste paz
É hoje infecção maligna
Derramando toda dor
No chão do meu ser
Que tenta em vão fugir
Do tormento que é não te ter
Me obrigo a te sentir
Meus olhos não me ouvem
E borram o papel do meu poema
Que se nega nascer sem ti
E à noite então, quando tudo dorme
Me faço louco solitário
A beber o fel dos meus versos
E na solidão vazia
Deste quarto que me prende
Na angústia de um sono que não vem
A virar-me de um lado a outro
Dessa cama fria
Sou mais um moribundo
Vítima cética
Da doença amor.

Paulo Campos

Published in: on 30/07/2009 at 6:57 pm  Deixe um comentário  

Sede

Sede

Notei tua sede porque bebi de ti
E senti o amargo dos teus olhos
E o calor mórbido da tua boca
Que como rosa ao sol secava
E pude ver
Pude ver como se morre
Na solidão de uma tarde
De clareza ausente
De tristeza tanta de fazer chorar
E pude ver
Pude ver como se mata
E como mecanicamente
Tenta-se refazer a vida.

Paulo Campos

Published in: on 30/07/2009 at 6:56 pm  Deixe um comentário  

Amarga Agonia

Amarga Agonia

Quantas vezes imploraste um beijo
Escondendo na janela teus tormentos
Quantas vezes os teus olhos derramaram
O amargo dos teus sonhos feitos em pedaços
Quantas vezes na loucura estranha de um querer
Foi mulher de estranhas sensações
Fazendo-me viver tudo em ti
Quantas vezes nos perdemos em orgasmos
E choramos junto nosso louco amor
E depois na frieza que geraste em mim
Te neguei, e morri mais uma vez
Sei que o tempo arrancará de nós
A dor plantada em nossas veias
E sobrará o imenso vazio
Que usarei como vingança contra ti
Tingirei as noites
com o amargo das lembranças
E serei o moribundo
das praças becos e ruas
E na cova que cavaste em mim
Enterrarei toda dor
E renascerei luz
Para iluminar os caminhos
Daquela que só me faz bem.

Paulo Campos

Published in: on 30/07/2009 at 6:55 pm  Deixe um comentário